Café Poético: Maurício Cardozo


Mais uma semana se passou! E este sábado pede poesia não é mesmo?? Por isso, vamos falar de Café Poético? Hoje com um poeta amigo que conheci durante a participação na Festa Literária de Armação dos Búzios.  Tive a oportunidade de ler alguns de seus trabalhos e não podia deixar de apresentá-lo a vocês. Afinal, a poesia pede passagem!

Trago para nossa reflexão desta semana um poema de  Maurício Cardozo, professor e escritor atuante na área da Cultura e da Educação aqui na Região dos Lagos. Neste poema Maurício nos fala um pouco sobre a triste realidade de alguns de nosso colegas professores, mas além disso, fala da realidade doída que todos nós estamos passando enquanto nação! Realidade que, aliás, não nos pede passividade, mas sim Atividade, Luta, Busca!!!

Precisamos falar!
E como a poesia fala de muitas formas. Vou deixá-los  com ela. 
Boa leitura!


E o imperador do mal
Mais uma vez traiu
Machucou
Tripudiou.
O imperador põe no tronco
Da praça do castelo
Todos que vão contra
Os seus atos escrotos
E joga no esgoto
Toda a população.
O salário?
Ele diz não!
A saúde?
Ele diz não!
A dignidade?
Ele não sabe o que é isso.
Não somos omissos
Somos operários
Somos funcionários
Querendo nossos direitos.
Fora imperador do mal
Não quero ter você
Nunca mais no meu quintal.
Um dia ficará à míngua
E a única coisa que vai conseguir
É morder sua própria língua.

Fora Imperador!




Sobre o Autor: 


Nascido em Niterói - RJ a 20 de setembro de 1967, filho de professora, teve sempre seu avó, também poeta, como referência intelectual. Desde pequeno já escrevia pequenos textos teatrais e boas redações. Aos quinze anos ganhou seu primeiro prêmio literário num concurso "Escreva Para Lobato", organizado pelo extinto programa "Globinho, apresentado aos sábados na Rede Globo de Televisão". Um ano depois ganhou o concurso de slogan sobre o meio ambiente organizado pela Secretaria Municipal de Educação de Cabo Frio. Aos 18 anos teve seu primeiro livro publicado, o romance "Diga ao Mundo que Sou Gente", que conta a saga de um adolescente que tem suas pernas paralisadas depois de um acidente de ônibus. Em 1992, por ocasião da Conferência Mundial do Meio Ambiente, a ECO 92, apresentou seu livro "Poesias da Lata", um trabalho alternativo feito em latas de cerveja e com 20 poesias. Em 2000, já como poeta conhecido na cidade, confeccionou junto aos poetas locais, escolas públicas, particulares e o público em geral, um varal de poesias com 5 mil obras com extensão de 1,5 quilômetros de extensão, considerado o "maior varal de poetas do mundo" Como artista voluntário, faz palestras e oficinas em escolas públicas da região divulgando e desmistificando a poesia, considerada por muitos como uma literatura chata e inacessível. É Formado em Língua Portuguesa e Literatura pela  Faculdade da Região dos Lagos ( FERLAGOS) e  teve a oportunidade em 2007 de ser professor de Língua Portuguesa na Austrália, mais precisamente na Rosebud Primary School, na Mornigton Penninsula, em Melbourne. ( Para saber mais sobre o autor clique aqui)
 Até a próxima semana minha gente!

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6 Comentários

  1. simeia silvajulho 11, 2016

    Nossa, enquanto lia essa poesia só conseguia pensar que ele poderia muito bem estar falando do nosso governo medíocre, serviu como uma luva.

    bjs

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  2. Olá!!!!
    Gosto muito de poesia e fico bem feliz quando vejo pessoas divulgando esse tipo de obra...
    Concordo com a Simeia quando ela diz que parece que ele se refere ao nosso governo, também senti a mesma coisa...

    Beijuh da Rêh
    https://curaleitura.blogspot.com.br/?m=1

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  3. Olá!!!!
    Gosto muito de poesia e fico bem feliz quando vejo pessoas divulgando esse tipo de obra...
    Concordo com a Simeia quando ela diz que parece que ele se refere ao nosso governo, também senti a mesma coisa...

    Beijuh da Rêh
    https://curaleitura.blogspot.com.br/?m=1

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  4. Oie,tudo bem?

    Realmente, como disseram as meninas acima, a poesia parece uma referencia ao nosso governo, e nela vemos um grito de protesto e indignação. Adorei conhecer o autor!

    Um beijão!

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  5. Não sou nada ligada em poesia, mas gostei particularmente desse trecho: "A dignidade? Ele não sabe o que é isso." E fui até pesquisar essa Festa Literária de Armação dos Búzios para ver se seria legal conhecer (é sempre bom ter um motivo para ir a Búzios... rs...), mas é focada em escolas, pelo que vi, né?

    Beijo!

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  6. Olá... tudo bem??
    Adoro poemas e o que eles tem a dizer através de suas palavras simples, porém fortes... eu gostei muito... a parte da dignidade ficou maravilhoso... ele realmente traduziu o que estamos passando e o que queremos, mas precisamos ousar mais da força e correr atrás... se não nada vai acontecer... Xero!

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