Clarice Lispector, do meu ponto de vista.

Vanessa Vieira, Clarice Lispector, 95 anos de Clarice, Pensamentos Valem Ouro
Web imagem | Edição: Vanessa Vieira
Pois então, dia 10 de dezembro era dia de festejar o nascimento de Clarice. Não, não era ainda é! porque como muitos podem ver, ouvir, ler, ela continua viva entre nós por meio de suas letras, lembranças de um jeito Clarice de ser. 

Eu confesso que não vim aqui para falar do talento, das composições de da autora, muito menos listar uma série de características específicas de sua escrita. Hoje o acadêmico vai ficar um pouco de lado e vou falar de impressões mais pessoais. 

Começando por dizer que Clarice era e é o tipo de pessoa que me deixa curiosa para conhecer. Assisti alguns vídeos de entrevistas e também observei muito as fotos da autora e sua presença, sua identidade está nítida. Nem mais, nem menos. Fico pensando em uma ostra...Dentro de uma casca, uma beleza e junto a tudo isso um poço de peculiaridades. Clarice!

Há quem diga que ler Clarice seja algo tenso, forte, por vezes cansativo outras incompreensivo. Ela mesmo dizia que não entendi o porquê de muitos professores, intelectuais terem dificuldades com sua escrita.  E há quem diga que por isso, por ser assim, densa sua literatura é linda.  

Discordo! Não que sua literatura seja linda, não que seja densa... Mas que seja incompreensiva. Clarice é direta, escreve como se tivesse falando com a alma. É tão simples que necessita de simplicidade para que sua grandeza seja, de fato, entendida. 

"Me entender não é questão de inteligência
e sim de contato"

 Clarice Lispector 1997
 

Vanessa Vieira, Clarice Lispector, 95 anos de Clarice, Pensamentos Valem OuroPenso que não dá para ler Clarice buscando respostas para esta ou aquela palavra, este ou aquele verbo.  Também não dá para conhecê-la lendo apenas retalhos do que ela escreveu. É uma leitura que pede tempo, que pede  entrega e disposição para visitar a alma, nos seu mais profundos labirintos. 

Algumas pessoas têm pavor de Clássicos. Principalmente quando falamos em Clássicos Nacionais e têm lá os seus motivos, reconheço. 

Mas minha dica estas pessoas é que se permitam ler com seus próprios olhos e não com olhos daquelas listas de vestibular, nem daqueles professores que vem para suas aulas com um arquétipo dos autores nacionais. Leiam com seus olhos, com suas almas. E a literatura falará por si. 

Foi assim que conheci Clarice, assim que estou aprendendo a gostar de suas palavras. E não me arrependo. Na verdade, só fico triste por dois motivos, não ter podido conhecê-la pessoalmente e ainda não ter sua obra completa em minha estante. 


Vanessa Vieira, Clarice Lispector, 95 anos de Clarice, Pensamentos Valem Ouro
Clarice de Cabeceira - Jornalismo p.149

Se você ainda não conhece, procure conhecer. Leia, envolva-se entre em contato! É uma leitura que vale a pena. Sem dúvida!





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1 Comentários

  1. Oi!

    Clarice é minha escritora preferida.
    Li o primeiro livro dela no Ensino Médio. Tinha um grupo de teatro e fizemos uma montagem de A Hora da Estrela. Fiquei fascinada ali. Concordo muito com você que os livros dela são sobre alma.

    Tenho uma dificuldade imensa na leitura de alguns livros, principalmente A Paixão Segundo GH, mas não por achar a difícil ou entediante. É que me dói tanto, sabe? Me leva bem pro fundo da alma, e as vezes esse encontro com os sentimentos pode ser desesperador.

    Bjo!

    http://sobrepequenasobsessoes.blogspot.com.br/

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