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Image by Craig Melville from Pixabay |
Há uma poesia que não está nos livros. Ela habita o intervalo entre uma respiração e outra. Mora no vapor que dança sobre a xícara de café, na fresta de luz que atravessa a cortina ao amanhecer, no som que o vento faz ao passar entre as folhas — sem pressa, sem anúncio.
É a poesia das pequenas coisas. Aquela que nos convida a viver com os olhos mais atentos e o coração mais disponível.
Nem sempre percebemos. O cotidiano, tão barulhento às vezes, exige pressa, metas, produtividade. E nesse ritmo apressado, o que é sutil parece se calar. Mas ele está lá. O instante que poderia passar despercebido — e que, quando notado, transforma o dia inteiro.
Como o cheiro da chuva chegando antes da primeira gota. Ou o silêncio cúmplice que acontece entre duas pessoas que se amam. Ou ainda, o jeito como um animal deita próximo a você, apenas porque confia.
A beleza mora nisso. Não no espetáculo, mas na delicadeza. Não no grandioso, mas no gesto quase invisível. Há quem precise escalar montanhas para sentir a vida pulsar. Mas há também quem, ao ouvir o tilintar de uma colher num copo, perceba que ali há um verso escondido.
Talvez seja isso que a vida esteja tentando nos dizer o tempo todo: que não é preciso muito para se encantar — basta estar presente.
A poesia das pequenas coisas é um lembrete: de que viver é arte. E que, no fundo, tudo o que queremos é sentir que o dia valeu por um instante que ninguém além de nós, percebeu.
Por Elisa Oliveira
9 Comentários
Que lindo,Vanessa e para mim, há tanto a ver nas pequenas coisas do dia a dia...
ResponderExcluirElas nos dizem tanto,se as permitirmos "ouvir"!
beijos, lindo fds! chica
muito bonito. beijos, pedrita
ResponderExcluirDas pequenas coisas. Se constrói as grandes. Parabéns pela poesia e reflexão.. bjs querida e um bom final de semana
ResponderExcluirBem lindo o texto! 👏👏👏😘
ResponderExcluirVanessa, que respiro doce é essa partilha...
ResponderExcluirA poesia das pequenas coisas realmente nos salva silenciosa, sutil, mas tão presente, se a gente permitir.
Ler isso foi como abrir uma janela num dia abafado: entrou ar, luz e um pouco de sentido também.
Obrigada por lembrar que viver não precisa ser grandioso para ser bonito basta ser inteiro, mesmo no mínimo.
Que a gente nunca perca essa delicadeza no olhar.
Abraços amiga
Dan
https://gagopoetico.blogspot.com/2025/07/silencios-de-inverno.html
ola amiga muito bonito bravo desejo tudo de bom com muita saude feliz domingo beijinhos
ResponderExcluirUm belo e sensível texto!
ResponderExcluirAmo a poesia dessas pequenas coisas...
Um beijo
Olá Vanessa!
ResponderExcluirCom uma xícara de café todos os dias ficam perfeitos.
Gratidão pela sua visita
abraços Loiva
Ah, toda a vida as coisas mais simples, as pequenas coisas da vida
ResponderExcluirtrazem a grande felicidade! Chega de se bater para tudo ficar por aqui...
Sejamos felizes com não muito, é tão bom!
Adorei essa postagem, beijinhos, amiga.
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