Pobre sim, Burro não!!!






Fiquei indignado com aquela situação. Sinceramente, eu não sei  o que acontece com esse pessoal. Acham que porque nós somos pobres, também seremos burros.
Ah! “Péra” ai, classificar pessoas de burras porque elas fazem jus ao título tudo bem, mas escolher uma classe e simplesmente rotulá-la, por causa da sua condição, tenha a santa paciência!
Eu ainda falei que eu não queria ir àquele lugar, mas a Dani insistiu tanto que eu acabei cedendo. Era um jantar que os pais dela haviam preparado para  os avós e ela pediu que eu a acompanhasse porque ela sabia que seria uma chatice agüentar aqueles velhos.
Lá fui eu. Coloquei uma belíssima camisa de manga comprida e uma calça social que sinceramente eu amava. Resumindo eu estava um gato!
 Mas parece que isso não impressionou os velhinhos, porque a primeira coisa que me perguntaram, digo, as primeiras coisas que me perguntaram, foi: Qual é  o sobrenome da sua família? Em qual jornal vocês já apareceram? Qual é a empresa da sua família? Blá, blá, blá! Blá, blá, blá!
E o pior de tudo não foi isso. Depois que souberam que eu era de uma família, “humilde”. Eu simplesmente tiver que ficar respondendo a perguntinhas bestas que eles  achavam que eu, por ser pobre, não saberia  responder. Gente! Ser pobre não é sinônimo de sem cultura.
Saí daquele lugar arrasado. Eu queria entender o porquê das pessoas que são consideradas “ricas” pensarem que são superiores as demais pessoas. Não dá para entender. Se achar superior somente por ter um monte de papel valioso nas mãos!?                Isso é ser rico? Meu pensamento é totalmente contrário. Para mim este é o pobre verdadeiro. Pobre de sentimento, pobre de consciência e de sabedoria.
Não se pode considerar rica uma pessoa que só consegue valorizar os outros pelo tamanho de sua conta no banco.
Ah! quer saber, me dói o coração lembrar daquele dia. Depois que a raiva se foi eu passei a ter pena daquelas pessoas. Elas não sabem o que é o amor! Só conseguem pensar em dinheiro e posição social. Seus olhos estão tão cobertos de presunção que só conseguem ver e valorizar o lixo da humanidade: O desprezo!
Tenho pena! Porque vejo que eles, enquanto preocupados com ruas realizações e condições, estão deixando de aprender aquilo que realmente os faria ricos, o amor pelo  próximo,  o valor às pequenas coisas e as pessoas. 
Vanessa G. Vieira





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