Festa Literária de Armação dos Búzios - 2026 #EuFui

Arquivo Pessoal

Durante os dias 10 e 11 de novembro, ocorreu a tradicional Festa Literária de Armação dos Búzios, este ano refletindo sobre o tema cultura, natureza e ancestralidade. A festa, que ocorre anualmente na cidade, é organizada pela Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia e é direcionada às escolas, mas também é aberta ao público.

Nesses dias, a magia tomou conta da praça como um sopro de encantamento, e eu tive a honra de participar como servidora e como escritora, representando os escritores da região. Foi emocionante ver meu trabalho tão íntimo, tão meu, ganhar novas marés.

Além de mim, também estiveram presentes outros autores locais. Ação que, acredito eu, trouxe ainda mais riqueza ao ambiente literário. Estiveram presentes Renê do Valle, querido amigo que escreve para pais e adolescentes. Reencontrei o escritor e amigo de longa data Claudio Aragão, autor de cordel e de uma vasta literatura que conta histórias. Conheci, finalmente, a querida Gessiane Nazário, que traz em sua escrita a luta pela educação quilombola e tem levantado discussões importantes sobre respeito e cultura em nossa cidade. Compartilhei espaço com o historiador Luiz Guilherme Scaldaferri, podendo conhecer um pouco mais de suas pesquisas sobre a história de Cabo Frio, Búzios e região. Prestigiei a simpática Letícia Sardinha na apresentação e contação da história de seu novo  livro Raimundo Resmungo e dei boas rizadas com a querida Aline Santos, companheira da Academia de Letras e Artes de Cabo Frio (ALACAF). 

 

Foi um tempo de encantamento e despertar para novas parcerias e possibilidades de ver a literatura fluindo e ganhando espaço e voz em nossas ruas. Os estudantes estavam bastante animados. Passeavam pelos estandes com alegria nos olhos, e foi um movimento muito bacana de se ver.

Mas, diante de todo esse encantamento, duas coisas me emocionaram e me fizeram crer ainda mais que valeu a pena. Em um determinado momento, um estudante parou no estande dos autores e ficou com brilho nos olhos quando descobriu que estava conversando com escritores de verdade. Ele olhou a minha foto na capa do livro e ficou surpreso. Depois, o apresentei aos meus colegas e foi lindo ver a alegria que essa informação despertou nele. Aquele instante valeu mais do que qualquer aplauso.

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E ainda houve a emoção pura, quase um arrepio coletivo, da adolescente que abraçou o príncipe e as princesas do evento como quem toca um sonho pela primeira vez. Essa energia não tem preço. É magia em estado bruto. É propósito. É certeza de que tudo valeu a pena.

Saio deste evento ainda com mais certeza de que um evento literário sempre terá seu lugar de encantamento, seja grande, médio ou pequeno. Sempre haverá chances de encantar alguém com a literatura.

 

Até Breve!