O estranho e conhecido olhar de uma rosa


Enfrente à janela do meu quarto fiz um jardim. E lá estão todas as flores que me são cativas.  De algumas restam as raízes e as pétalas porque já se foram, outras, chegaram no decorrer do tempo, nem percebi que estavam por lá, mas estavam. E também existem aquelas que desde o início lá estiveram.
Meu jardim está repleto e gosto tanto dele que todos os dias, passo por lá para conversar com as minhas pequenas. Estamos sempre de encontro marcado.
Mas alguns anos atrás, enquanto fazia meu passeio diário, me deparei com uma flor diferente. Sim, diferente como todas as outras são diferentes, mas era uma diferença especial. Ao mesmo tempo em que me trazia medo ela me trazia alegria e causava uma briga terrível em meus neurônios! Eu não conseguia olhar em dos seus olhos e muito menos além deles. Isso me apavorava!
Quem me apresentou a ela foi a flor Rachel, uma flor finíssima que em poucos jardins se pode encontrar... Seu nome é Rose, me disse a Rachel antes de ir embora.
Algum tempo se passou e eu fui me acostumando com aquela flor nova em meu jardim, mas não me acostumava com aquele desconforto insuportável que eu ainda sentia.  Sempre fomos gentis uma com a outra e ela então... Agradabilíssima, mas eu... Eu ficava com o desconforto.
Não conseguia me acostumar de verdade com ela, aquela rosa... Sim ela era (e ainda é) uma rosa. Ela era observadora demais e sempre me parecia que sabia mais sobre mim do que demonstrava.
Mais um tempo se passou e eu comecei a olhar para a Rose de outra maneira. Percebi que ela sabia sim, algo mais sobre mim, mas fui eu que dei as pistas que ela precisava.
Pois é, descobri que a Rose era diferentemente igual à Rachel. Ela é mais uma flor de fino porte que em poucos jardins se pode encontrar.
Quantos jardins precisam de flores iguais a essas... E eu dei a sorte de encontrar duas!!
Sim!! Encantei-me com a Rose... E nos últimos dias até trouxe o seu vaso para mais perto de minha janela. Gosto de tê-la por perto. Agora, ao invés do medo ela me traz uma estranha segurança. Não me perguntem como ela conseguiu essa façanha, porque isso eu não sei explicar.
A única coisa que sei é que me sinto honrada de ter a Rosa Rose morando em meu singelo jardim.

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