Resenha do Livro Panlásia – Janaína Alves


Autora: Janaína Alves
Editora: Publicação Independente.ISBN: B017AMBN24
Ano: 2015
Páginas: 311
Idioma: Português
Skoob

Sinopse: Um Reino onde nada é o que parece ser. Onde a paz foi conquistada à base de medo e muito sofrimento. Um lugar em que a harmonia não passa de fachada para esconder aqueles que realmente sofrem. Habitantes punidos por descenderem daqueles que foram considerados os vilões de uma guerra em que paz nunca foi o verdadeiro prêmio. Uma história em que o desentendimento de duas irmãs resulta na morte daquele que sustentava a ludibriosa paz, o grande Rei de todo um Reino.


O livro sobre o qual falaremos nesta publicação foi fornecido ao nosso blog 
pela autora Janaína Alves por meio do Book Tour Panlásia.

O Reino de Kandil é governado pelo Rei Estevan e é formado pela Cidade Mãe (Panlásia), pelas Cidades Irmãs e por Beller (A Cidade da Traição). Como o próprio nome deixa a entender, todos os indivíduos que traem a Cidade Mãe, são mandados para Beller. Na Cidade das Traições, os traidores são punidos com a tortura eterna por conta dos seus crimes. 

Fazendo uma breve apresentação dos personagens que iniciam o livro poderíamos dizer que:

Estevan: é Rei de todo o Reino de Kandil e pai das princesas Lavinia e Sara.

Sara: É a personagem principal, o livro se desenrola a partir dos acontecimentos que marcam sua vida. Ela é a filha mais nova do Rei Estevan e irmã da Princesa Lavinia.

Lavinia: Filha mais velha do Rei Estevan, irmã da Princesa Sara.

Rosa: É uma espécie de empregada que na verdade se configurava com uma espécie de babá para as filhas do Rei. Sara a considera como sua mãe.

Desde pequena, Lavinia sente uma mágoa pela sua irmã, Sara. Isso acontece, pois segundo o livro, um dia Sara lhe tirou “o seu bem mais precioso”. Toda a raiva que Lavinia sente por sua irmã piora quando o Rei Estevan demonstra a sua intenção de nomear Sara como a próxima Rainha após sua morte, sendo que normalmente esse título de governante é dado para o filho(a) mais velho(a). No dia em que o Rei Estevan deve fazer a nomeação de Sara como próxima Rainha, ele morre e Lavinia que recebeu então o título de Rainha no lugar da sua irmã, acusa esta de matar o rei e a manda para a Cidade da Traição.

É na Cidade da Traição que Sara descobre que, na verdade, a  sociedade de Beller era constituída por um povo pobre e discriminado que vivia em uma situação de vida totalmente precária e indigente. Um lugar quase que inóspito e sem nenhuma ou pouca qualidade de vida, enquanto os membros da Cidade Mãe desfrutavam das maravilhas do reino e os das Cidades Irmãs tinham pelo menos os seus direitos básicos de sobrevivência assegurados. Em Beller ela encontra pessoas que a tratam com amor e carinho e a faz se sentir como parte da família deles, mesmo nunca a tendo conhecido. 

O livro é dividido em partes. Cada parte tem a função de narrar os acontecimentos de determinada fase da vida da personagem principal. A primeira parte é responsável por apresentar ao leitor o Reino de Panlásia e como é a sua formação, além de nos fornecer as principais características de cada personagem e nos apresentar a problemática a qual Sara está inserida.

A segunda nos apresenta não apenas uma nova perspectiva da Cidade das Traições, mas também o outro lado da moeda das pessoas que foram mandadas para esse lugar, isto é, nos coloca a par de assuntos e situações que até então para o leitor não haviam sido relatados. E é esse o momento do livro que nos leva a fazer uma serie de perguntas que se relacionam não apenas com o universo fictício em si do livro em questão, mas também da própria realidade à qual estamos inseridos: Os governantes estão no poder para alcançar interesses pessoais ou coletivos? O poder quando nas mãos de pessoas erradas podem beneficiar a poucos e causar malefícios a muitos? O povo é o agente transformador da sociedade ou apenas deve aceitar a ordem social estabelecida? (...) As outras partes do livro são responsáveis pelo resto do desenrolar do enredo que basicamente se configura como uma revolta de um povo em busca de melhorias de vida e lutando contra as ações de um governo mentiroso, tirano e autoritário que perpassou diversas gerações.

Eu diria que Panlásia é uma ficção que aborda diversos aspectos da realidade - apresentados no parágrafo acima - e isso é um ponto totalmente positivo, pois a partir da sua história podemos fazer uma reflexão do próprio modelo de governo vigente na sociedade capitalista. Em relação ao enredo, posso dizer achei meio-termo. É um pouco interessante e original, mas por outro lado apresenta diversos momentos clichês, que não me agradam muito. Tratando-se da escrita da autora, confesso que não me conquistou por completo, embora seja uma escrita de leitura fácil não a achei instigante, fiquei com aquela sensação de que faltou alguma coisa. Mas mesmo assim indico a leitura, porque assim você pode tirar suas próprias conclusões sobre a história.

Que conhecer um pouco mais a obra visite o site oficial 
para conferir a sinopse, um trecho e o book trailer do livro

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3 Comentários

  1. Poxa curti, mas sua nota me decepcionou um pouco, esperava um 4, para com certeza ler. Terei que procurar várias resenhas agora, para me decidir

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    1. Leia mesmo. Eu particularmente dei 3, mas diversos leitores deram 4 ou ate mesmo 5. No skoob, por exemplo, existem algumas resenhas de outros leitores e nelas existem muitos elogios à obra.Quem sabe elas não te convença a lê-lo.

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    2. Leia mesmo. Eu particularmente dei 3, mas diversos leitores deram 4 ou ate mesmo 5. No skoob, por exemplo, existem algumas resenhas de outros leitores e nelas existem muitos elogios à obra.Quem sabe elas não te convença a lê-lo.

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