Quem é o autor? Sophia de Mello Breyner Andresen

Há alguns dias, contei neste post aqui sobre como conheci meu escritor favorito. No final da postagem, questionei a vocês sobre os autores que vocês tinham cativos e confesso que gostei demais das respostas.

Alguns autores eu já conhecia, mas outros ainda não. Então, resolvi pesquisar um pouco sobre eles e veio-me a ideia de compartilhar aqui as minhas pesquisas. 

Deixo claro que não se trata de nada acadêmico, a intensão é trazer curiosidades sobre os autores, trechos de seus escritos para nos familiarizarmos com eles. Vamos lá? 

  Sophia de Mello Breyner Andresen

Fonte da imagem: Recanto do Poeta

A primeira escritora escolhida foi a Sophia de Mello Breyner Andresen, mencionada pela Norma Emiliano, do blog Pensando em Família. Escolhi começar com ela primeiro por ser mulher, segundo por ser escritora de poesia e dentre muitos motivos, porque foi uma mulher escritora de garra e determinação.

Sophia nasceu em 6 de novembro de 1919, no Porto e faleceu em 2 de julho de 2004. Era Filha de família Aristocrática. Estudou Filologia na Universidade de Lisboa, mas não chegou a concluir o Curso. Publicou seus primeiros versos em 1940, no "Cadernos de Poesia". Tem sob sua autoria diversas poesias. 

Casou-se com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares, com quem teve 5 filhos os quais lhe inspiraram a escrita de obras voltadas para o público infantil.

Em 1964, recebeu o Grande Prêmio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo seu livro Livro sexto e dentre tantos outros em 1999, tornou-se dona daquele que a tornaria uma das mais importantes escritoras portuguesas do Século XX. Foi a primeira mulher a receber o "importante galardão literário da língua portuguesa". O Prêmio Camões. 

Sophia em versos

Casa Branca

Casa branca em frente ao mar enorme,
Com o teu jardim de areia e flores marinhas
E o teu silêncio intacto em que dorme
O milagre das coisas que eram minhas.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

A ti eu voltarei após o incerto
Calor de tantos gestos recebidos
Passados os tumultos e o deserto
Beijados os fantasmas, percorridos
Os murmúrios da terra indefinida.

Em ti renascerei num mundo meu
E a redenção virá nas tuas linhas
Onde nenhuma coisa se perdeu
Do milagre das coisas que eram minhas.

in Poesia, 1944

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Mar

    I

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

        II

Cheiro a terra as árvores e o vento
Que a Primavera enche de perfumes
Mas neles só quero e só procuro
A selvagem exalação das ondas
Subindo para os astros como um grito puro.

in Poesia, 1944

 

Confesso que ainda tenho muito para ler e estudar sobre a autora, mas o pouco que descobri já me fez gostar muito de seu trabalho. Sem dúvida ela foi uma figura inspiradora para seu tempo e ainda continua a ser. E vocês, já a conheciam? 

Norma, minha querida, muito grata por tê-la mencionado. 

Estou imensamente feliz em poder conhecê-la. 

Fonte da pesquisa

Wikipédia

Observador.pt

Revista Prosa, verso e arte

Biblioteca Nacional de Portugal

Trilhas Literárias  

 

Até Breve!