Reflexões, Criticas e Resenha da Obra "Triste Fim de Policarpo Quaresma" - Lima Barreto.

Diversos livros trazem consigo uma abordagem critica e reflexiva que não deixam de fugir aos olhos de nenhum leitor, mesmo estes livros sendo do gênero romance.  Assim, o leitor não apenas deixa o livro adentrar os seus sentimentos, como também consegue estabelecer um diálogo com o autor na construção de um pensamento histórico-critico. Sejam criticas e reflexões à sociedade, à vida conjugal ou até mesmo no âmbito profissional. Isso normalmente acontece com grandes clássicos tando da literatura brasileira quanto da literatura estrangeira. Entre brasileiros e estrangeiros com esse perfil de escrita, podemos citar, Jane Austen, Machado de Assis, Graciliano Ramos, José de Alencar, dentre outros talentosos autores. Hoje iremos adentrar e dissecar um pouquinho uma obra se configura com as características que falei acima. Vamos lá!


Título: Triste Fim de Policarpo Quaresma.
Autor: Lima Barreto.
Páginas: 216;
Editora: Ática.
ISBN: 850804318


"Para Major Quaresma, a Pátria é um ideal que está acima de tudo. Visionário por excelência, suas idéias colocam-no em várias situações embaraçosas e levam-no até a ser internado em um manicômio. Tímido, discreto, ingênuo, é também uma palha de pureza a navegar num oceano de podridão. Este é um livro escrito com todos os nervos, mas principalmente com o coração, e que se destina a quantos tenham orgulho de ser brasileiros."



Afonso Henriques de Lima Barreto mais conhecido como Lima Barreto foi um grande escritor e jornalista brasileiro do século XX. Afonso Henriques nasceu no Rio de Janeiro no dia 13 de maio de 1881 e morreu no dia 1 de novembro de 1922. Em suas obras, Lima Barreto costuma retratar hábitos e costumes sobre os elementos de vivência das pessoas de sua determinada época. Poucos autores tiveram a maestria de descrever e criticar a sociedade do século XX como Henriques. Suas obras inclusive são consideradas por muitos críticos como literatura indispensável para compreender a realidade e as injustiças sociais que nos rodeiam.

Lima Barreto.

Uma das obras de extremo destaque do escritor carioca é “Triste Fim de Policarpo Quaresma”. O Major Policarpo Quaresma é um cidadão brasileiro patriota. Não que a palavra patriota por si própria já não tivesse um sentido forte, entretanto, caso não tivesse, o personagem principal da trama trataria de dar esse sentido. Quaresma possui demasiada idolatria pelo seu país. È conhecido e respeitado por todos devido o amor que sentes por sua terra nacional. Tão apaixonado é, que além de estudar diversos livros sobre os mais diferentes assuntos sobre o Brasil, ainda percebe a importância de cantarolar e enaltecer as músicas brasileiras. E é assim que Policarpo começa os estudos de violão com Ricardo Coração dos Outros, um seresteiro apaixonado pela música, que aos poucos acabou virando seu amigo.

Quaresma entra de férias e junto com Ricardo, acaba conhecendo o General Albernaz. Este último tem um filho e quatro filhas, sendo que uma delas, Ismênia, está para se casar com Cavalcanti, assim que o mesmo concluir a faculdade de Odontologia. Nesse meio tempo, entra na história a senhorita Olga, afilhada do Major, e o seu pai, um rico italiano a quem Policarpo ajudou financeiramente há algum tempo atrás.

O tempo passa e Policarpo, inteligente e instruído, como sempre fora, acaba chegando a conclusão ao ler um dos seus livros que o português é uma língua “emprestada” ao Brasil. Dessa forma, ele produz uma petição no intuito de requisitar que o tupi-guarani seja considerada a língua oficial e nacional do povo brasileiro. O fato virou zombaria na cidade e Policarpo sofreu duras criticas, sendo assim, motivo de deboche entre os cidadãos. Algum tempo depois, o Major Quaresma ainda, sem se dar conta, acaba escrevendo um documento em língua tupi, o que deixa seu superior hierárquico chateado, pois este pensa que aquele realizou tal ato como motivo de protesto ou gozação. 

Não poderia dar em outra! O Major Policarpo Quaresma depois de tal atitude, acabou sendo levado para o hospício. Recebeu visitas de Olga e o seu pai, D. Adelaide, sua irmã, e de Ricardo Coração dos Outros. Mas ao sair do hospício, o Major segue o conselho de sua afilhada e se muda para um sitio. Lá ele começa a viver com sua irmã e seu empregado, fazendo plantações de batatas-inglesas, laranjas, abacates e outros frutos e verduras.

É nessa época que acontece algo de extraordinária importância na vida de Ismênia, filha do General Albernaz. Tal fato mudará para sempre a sua vida e terão consequências drásticas algum tempo depois. Nesse momento do enredo, também ocorrerá o afastamento de Quaresma de sua fazenda para se juntar as tropas do exército e servir à favor da Pátria contra uma rebelião, algo que é feito por ele de maneira totalmente espontânea. Ah, pobre Quaresma! Não deveria ter feito isto! Sua decisão apenas mostrará o quanto ele estava equivocado em ser tão patriota.

Vale ressaltar que o autor critica a ideia de casamento da época. Será que o casamento necessariamente está ligado ao amor reciproco entre duas pessoas? Não naquele período. O casamento não era visto como uma relação de sentimentos, mas sim como uma espécie de dever (obrigação) para que a mulher não fique solteira, ou seja, a mesma ao formar uma família não será mais vista como uma pessoa vergonhosa.

Caso ocorra de um indivíduo acabar se desviando de determinados costumes que a sociedade impõe, ele será visto como louco, ímpio e sem juízo. O próprio Major Quaresma é visto como uma pessoa desonrosa quando começa a ter aulas de violão com Ricardo, tanto que o respeito que ele possuía aos arredores da sua casa, foi diminuindo aos poucos.

Percebe-se a diferença exposta por Lima Barreto entre as famílias nobres (elegantes) e as pobres, com pouca condição financeira da época. Estas últimas viviam muitas vezes em apenas um dos aposentos de casas que mal cabiam uma família pequena. Esses cômodos das casas eram alugados a população miserável e os integrantes dessas famílias muitas vezes tinham que se sujeitar as profissões mais tristes para prover a sua própria sobrevivência. 

O autor também demonstra certo desapreço às pessoas que muitas vezes possuem uma condição hierárquica na sociedade, entretanto se utilizam desta posição para atender os seus interesses próprios. Isso pode vir a servir como instrumento de controle para que a população venha a ter medo do que esses "superiores" possam fazer caso essa mesma população não obedeça aos comandos de alguma autoridade. No livro, isso pode ser visto na relação entre o Dr. Campos, que acaba se utilizando da sua posição de Presidente da Câmara para intimar Policarpo Quaresma a capinar e limpar as terras na extensão de mil e duzentos metros, depois que Quaresma se rejeitou a ajudar o Partido do Presidente a ganhar as eleições. 

Além de essas e outras críticas à sociedade e às injustiças sociais presente no contexto e explanadas por Lima Barreto, também podemos perceber que a obra possui uma pequena linguagem poética. Não apenas pelos versos contidos, mas pela escrita do autor em algumas partes do livro com a intenção de fazer o leitor conhecer os poemas que tanto possuem versos, sentimento e eloquência. 

Pôr fim, é preciso concluir que a obra “Triste Fim de Policarpo Quaresma” é um expoente da literatura clássica brasileira, contendo elementos do Pré-Modernismo, como por exemplo: a reflexão do sentimento de nacionalismo exagerado e a autoconsciência analítica dos problemas do país e das injustiças sociais. Portanto, sua leitura é recomendável para aqueles que têm o interesse de adquirir e conhecer novas concepções sobre a realidade social de uma determinada época, todavia não é impossível perceber as similaridades com a atualidade.

Em minha opinião, esse livro merece 3 estrelas!!!





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31 Comentários

  1. Bem legal seu intuito de mostrar que os clássicos não bichos-papão. Eu confesso que sou da turma que torce o nariz, mas tem alguns clássicos que me agrada muito como O Ateneu por exemplo.

    www.poyozodance.blogspor.com.br

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    1. Antigamente eu também torcia o nariz para os clássicos, mas depois comecei a gostar deles, ainda bem. Muitos deles também me agradam! Ainda não li O Ateneu, mas tenho interesse, em breve acho que irei lê-lo.

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  2. Ola Marcão confesso que há muito tempo não leio um clássico, devido a correria, e gostei da crítica do livro com relação ao casamento arranjado e não por amor. A premissa do livro em si não me chamou muita atenção, quem sabe em outro momento eu leia. abraços

    Joyce
    www.livrosencantos.com

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    1. Olá, Joyce, espero que em outro momento você leia sim e espero que você goste.
      Abraço.

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  3. Olá!
    Li esse livro na época do colégio, mas não me lembrava muito bem da história. Gostei muito da resenha, pois me ajudou a recordar e me apresentou outro ponto de vista.
    Beijos.

    Li
    Literalizando Sonhos

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    1. Oi, Aline, fico contente por você ter gostado e que tenha lhe ajudado a recordar um pouco da história. Se quiser compartilhar o seu ponto de vista com a gente, fique à vontade. O blog está à sua disposição..
      Beijo.

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  4. Não curti esse livro! Mas a sua resenha é ótima.

    Atenciosamente Um baixinho nos Livros.

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    1. Obrigado, Marcio.
      Tenta relê-lo, quem sabe com uma releitura você não passa a curti-lo, rs.

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  5. Olá, Marcão.
    Tenho até um negocio no estomago quando vejo algum livro com esse estilo de capa. Lembra na hora os livros que era obrigado a ler na escola e eu não gostava justamente por ser obrigado. Esse eu não cheguei a ler, e agora também não me deu vontade. O ideia do casamento era muito má interpretada naquela época, mas ainda hoje o é.

    Blog Prefácio

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    1. Verdade, ainda hoje a ideia de casamento é muito deturpada. Você deveria tentar ler um desses livros clássicos, eles fornecem uma gama gigantesca de conhecimento. Procura algum com uma sinopse que te agrade.

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  6. OI! :)

    Li esse livro quando fui prestar vestibular e confesso que amei ele. Lima Barreto é crítico e sagaz ao contar a história desse homem patriota que é visto como louco, mas que na verdade é totalmente coerente. Ótima dica para quem quer falar sobre patriotismo nessa nação que vivemos.

    Xoxo
    http://surpresasnaspaginas.blogspot.com.br/

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  7. Oie!
    Sabe que nunca me interessei pelos clássicos? Não que imagine que seja ruim, apenas eles nunca mr atrairam...
    Bjks!
    http://www.historias-semfim.com/

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  8. Olá!

    Comprei esse livro na feira do livro da minha cidade, faz mais ou menos um mês.
    Ao ler seus comentários sobre esse patriota que é Quaresma, minha curiosidade foi aumentando.
    É tão revoltante o fato de as pessoas serem vistas como alienadas só porque não fazem as coisas conforme a sociedade no geral, quer que elas façam.
    Tenho muito interesse. Como estudante de Letras, me sinto atraída por livros clássicos, sinto necessidade em conhecê-los.
    Seu post está muito bem escrito!
    Historiar

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  9. Olá, sabe que eu nunca senti muita vontade de ler esses livros que são clássicos da literatura brasileira? eu sei que é uma vergonha falar isso ahaha mas com certeza eu ainda vou ler algum, e acho que seria interessante ler esse livro do Lima Barreto, apesar de eu não curtir muito, ele chamou minha atenção.

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com/

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  10. Lima Barreto foi sensacional.
    Nunca consegui pegar esse livro para ler. Sempre que eu ia a biblioteca ele estava fora. De fato, imagino que seja muito bom.
    Eu gostei muito de Clara dos Anjos, que foi um dos livros póstumos dele.

    Beijinhos, Helana ♥
    In The Sky, Blog / Facebook In The Sky

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  11. Olá! Parabéns pela iniciativa! Não são todos os clássicos que eu gosto, acho que pelo estilo de narrativa. Um dos autores clássicos que mais gosto é Machado de Assis. Beijos!

    http://www.livrosepergaminhos.blogspot.com.br

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  12. Olá!

    Parabéns pela resenha! Clássicos não são o meu forte, mas até que esse não é tão ruim, quem sabe um dia eu dou uma chance a ele...

    resenhaeoutrascoisas.blogspot.com

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  13. Amiga olha eu sinceramente não curto muito esse gênero de leitura.
    Eu acho que os clássicos me deixaram bastante traumatizada na escola sabe?
    Eu não sei se pegaria para ler, mas mesmo assim gostei de tudo que você abordou sobre a estória do livro. Me parece ser muito bom, mas não me chamou atenção assim para fazer a leitura. Acho que nossos gostos são bem diferentes =x

    http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/10/resenha-as-vidas-e-as-mortes-de.html

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  14. Desde que eu me lembre, sempre gostei de ler e sempre li muito. Sempre tive uma certa dificuldade com nomes e tal, mas na escola sempre sabia o nome dos responsáveis pela biblioteca. Só que eu sempre tive um problema com os clássicos. Não sei se era birra com o fato de ser obrigado a ler ou se era birra com os professores de português que diziam que se não fossem esses livros eram tudo porcaria (sim, eu ouvi muito isso e de professores!) então nunca dei uma verdadeira chance para eles.
    Sua resenha me fez pensar se agora não seria a hora de eu voltar e tentar ler esse e alguns outros livros da época...

    Beijinhos,
    Lica
    Amores e Livros

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    1. Ah, que legal, Lica. Fico super feliz em ver o seu comentário. Tenta dar uma chance aos clássicos sim, tenho certeza que você não se arrependerá. Antigamente eu também sempre achei que nunca gostaria de ler clássicos por conta da leitura forçada, mas depois que comecei a lê-los por vontade própria comecei a gostar. Os meus professores sempre incentivaram tanto a leitura dos livros de época quanto as literaturas atuais, ainda bem, rsrs
      Quando você ler, deixa o seu comentário aqui para sabermos a sua opinião em relação ao livro também.
      Beijo.

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  15. Oláá
    Sua resenha está ótima, esse é o tipo de livro que quero muito conhecer mais para frente quando tiver bastante paciÊncia para ler, mesmo assim, vou indicar a algumas pessoas que curtem clássicos.

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    1. Oi, Catharina. Fico feliz por ter gostado da resenha. Quando você ler, daqui há um tempo, não esquece de dizer para a gente as suas impressões em relação ao livro não. Fique à vontade...

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  16. Oiee ^^
    Ainda não li esse livro, mas é um livro que eu fiquei curiosa para conhecer. Não o leria hoje, mas quem sabe mais para a frente. Gosto de livros que passam-se em outras épocas e que contém críticas à sociedade, sempre me chamam a atenção.
    MilkMilks
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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  17. Li esse livro na época da escola para apresentar um trabalho, e li exclusivamente para isso. Não sou fã de leituras do tipo, mas de vez em quando me arrisco para ter uma nova visão. Com a sua resenha, fiquei curiosa em reler a história e ter uma nova perspectiva da história.
    Bjim!

    Tammy
    Livreando | Facebook

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    1. Tenta tirar um tempinho para relê-lo mesmo, Tammy. É sempre bom relermos um livro como Triste Fim de Policarpo Quaresma depois de uma época para percebemos o quão conseguimos absorver e refletir à cerca do livro em diferentes momentos de nossa vida.
      Daqui há alguns anos pretendo relê-lo.
      Beijinho!

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  18. A história parece ser maravilhosa, com isso de criticar o casamento arranjado, mas confesso que não seria uma obra que eu leria no momento. Meio que fujo de clássicos, porque sempre acho que vai ser uma leitura cansativa tipo Iracema. hahaha >_<
    www.apenasumvicio.com

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    1. Oi, Dessa. Eu sempre costumo gostar de clássicos. Não apenas os da literatura brasileira, mas também da literatura estrangeira. Amo Jane Austen. Porque você procurar algum autor clássico da literatura estrangeira para ver se você pega o gosto pelos clássicos? Nunca li Iracema não, rsrs.
      Valeu!

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  19. Olá!
    Tenho vontade de ler Triste Fim de Policarpo Quaremos, confesso que já tentei fazer a leitura, mas não foi muito bem sucedida na época.
    Fico revoltada pelo fato de acharem que porque não fazemos algo como a sociedade determina, somos alienados. Adorei sua resenha e confesso que fiquei curiosa para fazer a leitura.
    Beijos
    Um Oceano de Histórias

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    1. Logo quando comecei a lê-lo, achei o livro um pouco enfadonho e por pouco desisti, porém depois que peguei o ritmo a leitura fluiu de forma bem fácil. Agora que já passou um tempo da sua primeira tentativa, aconselho a tentar lê-lo de novo. Esse livro tem algumas críticas e reflexões bem legais em relação ao pensamento de alienação sociedade. Fico feliz por você ter gostado, lhe recomendo a leitura.
      Abraço!!!

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  20. Nunca tive curiosidade em ler Lima Barreto. As sinopses realmente não me instigam a fazer a leitura e são poucas as críticas atuais que leio sobre. O triste fim... não parece ser uma leitura que iria me agradar muito, portanto não irei arriscar. Seu post ficou ótimo e posso dizer que é um dos melhores que leio em muito tempo. Bem elaborado, reflexivo e provocador. Adorei!!
    Beijos

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    1. Obrigado, fico feliz por você ter gostado! Eu também nunca tive muita vontade de ler alguma das obras de Lima Barreto, mas ás vezes sempre procuro ler um livro que sei que nunca me chamaria atenção, justamente para ir conhecendo outras literaturas.
      Beijo.

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