Foi naquela noite que ele descobriu que não era super-herói.
E que, sequer cumprira aquilo que achava ser o mínimo dever de pai: proteger
seu filho. Deixa o filho curtir. Tão jovem, tão feliz, tão vivo. Juventude
festeja, troca de área, vai para festas em cidades diferentes. Mas aí, os caras
do lugar não gostaram. E umas garrafas quebradas e alguns chutes, nada demais.
Demais para quem? Para eles, é claro. Doeu ver o noticiário. O herói foi
desbancado e o superpai, agora, nem pai era mais. Chorei quando ele disse “meu
filho sangrou até a morte”. E ele disse que não cumprira seu papel de pai. Mas
ele tentou. Socorreu o filho, tentou ao máximo lidar com a situação. Mas aquele
mínimo tempo de bagunça e confusão foram suficientes para um corte da testa.
Fatal. Morreu um menino, um pai, o herói. Quem há de conseguir recolocar a
capa? O filho, que antes o fazia, hoje não pode mais.
Vanessa Ribeiro
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